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AGERGS participa de reunião sobre a falta de chuvas no Estado

Sema apresenta prognóstico da estiagem e alerta para cenários a médio e longo prazo

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O movimento histórico climático aponta que é comum a cada dois anos acontecer um período de estiagem - Foto: Divulgação SEMA
Por Texto: Bárbara Corrêa Edição: Vanessa Trindade - ASCOM SEMA

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) reuniu mais de 70 representantes de prefeituras, entidades e prestadores de serviço da área de abastecimento de água, na qual participaram a Presidente da AGERGS, Maria Elizabeth Pereira e o técnico da Diretoria de Qualidade, Ricardo Silva,  durante uma videoconferência na tarde desta quarta-feira (08/04). O encontro serviu para tratar sobre a falta de chuva no Estado e estruturar medidas que possam minimizar os efeitos da estiagem a curto, médio e longo prazo.

Um prognóstico da situação climática foi apresentado pelo chefe da Divisão de Meteorologia, Mudanças Climáticas e Eventos Críticos, do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) da Sema, Diego Carrillo. Segundo ele, com a chuva abaixo da média nos primeiros meses do ano, as previsões são de que as precipitações futuras não sejam suficientes para reabastecer os mananciais. 

Em novembro de 2019, o DRHS já identificava evidências de que o Estado passaria por um período de estiagem severa, o que se confirmou durante o mês de dezembro, quando as precipitações ficaram entre 25% a 50% abaixo da média. As chuvas escassas se repetiram em fevereiro de 2020. O acompanhamento é divulgado em boletins mensais que podem ser conferidos aqui.

Buscando alternativas para reduzir os prejuízos provocados pela estiagem e garantir o abastecimento da população, a Sema reuniu técnicos do DRHS e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para estruturar ações como a intensificação do monitoramento dos corpos hídricos, a restrição de lançamento de carga poluente, a suspensão de outorga de água para irrigação e da captação de água para finalidade distinta ao abastecimento humano.

No âmbito nacional, a Agência Nacional de Águas (ANA) criou a Sala de Crise da Região Sul, com a divulgação de boletins climatológicos e informações referentes ao armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas.

O que está por vir...

Diego ressaltou ainda que, para o mês de abril, a previsão é de que ocorram chuvas na média. Já para os meses de maio e junho, as precipitações serão um pouco acima. O prognóstico é baseado em modelos matemáticos.  Segundo ele, com a chuva abaixo da média nos primeiros meses do ano, as previsões são de que as precipitações futuras não sejam suficientes para reabastecer os mananciais.

O movimento histórico climático aponta que é comum a cada dois anos acontecer um período de estiagem. A Sala de Situação realizou um comparativo entre os períodos de 2004-2005 e 2011-2012. Para 2021, é possível que o Estado ainda lide com estiagens tão ou mais severas quanto essa vivida em 2020.

Medidas em andamento

O secretário da Sema, Artur Lemos Júnior, ressaltou que a situação da estiagem é uma das prioridades do governo. As equipes da Sema, Defesa Civil e da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e da Secretaria de Obras Públicas têm atuado de forma conjunta e trabalham com ações para curto, médio e longo prazo.

 “A curto prazo vamos atuar com o que temos disponível, estruturando um Plano de Monitoramento que deverá ser encaminhado pelos municípios. Outra medida será identificar os poços artesianos que estão prontos mas ficaram em desuso por diferentes fatores”, afirma.

Para Artur, é preciso trabalhar com unidade. “Estamos mapeando as barragens, açudes e poços particulares que poderão ser utilizados, dependendo da vazão, condição e estágio de estiagem em cada município. A ideia é canalizar o recurso hídrico para garantir o abastecimento. Precisamos agir em conjunto, de forma coletiva, em detrimento do individual”, ressalta.

Para médio prazo, está sendo estudado o ordenamento das outorgas e, principalmente, a criação de um Plano de Redução de Perdas. A longo prazo, será concluído o Plano de Revitalização de Bacias e há a possibilidade da aprovação de uma linha de crédito junto ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR).

Uma nova reunião entre a Sema, prefeituras e prestadores de serviço será realizada, a fim de debater o andamento e efetivação das medidas, além do monitoramento da situação de cada município.

AGERGS